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BLOGUE REAL ASSOCIAÇÃO DE LISBOA

Dia de Portugal

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A razão por que um monárquico não poderá ficar indiferente à invasão desregulada de migrantes no espaço europeu é porque a coroa será a primeira instituição a ressentir-se duma fragilização do tecido social das velhas nações, como comunidades de história e língua.

Foi isso que me chamou a atenção na esplêndida série “The Crown” da Netflix que relata a história do reinado de Isabel II, com a exibição de imagens do início da década de 50, das viagens da Família Real para passar o Natal em Sandringham, em que se vê o povo a acorrer em massa às plataformas das estações para acenar à passagem do comboio real. Este entusiamo, que emana da pátria profunda, só é possível por uma sólida identificação da população com os seus monarcas, na cumplicidade dos acontecimentos partilhados desde os confins da História.

De facto, as nações europeias vivem em cima de uma bomba relógio com o prenúncio de uma crise demográfica que só vem sendo mitigada através do escancaramento das fronteiras, uma estratégia que deve pouco ao altruísmo, mas antes à cegueira economicista da burocracia que nos governa. Assim, sem tempo para a aculturação das novas populações que à Europa afluem com costumes e línguas muito diferentes, as redes comunitárias vêem-se ameaçadas, relativizando-se o chão comum, promovendo-se a desconfiança e acicatando-se veleidades nacionalistas.

Ironicamente, Portugal, histórico palco de cruzamento de povos e culturas diferentes, onde sempre prevaleceu uma assinalável capacidade de assimilação, se não escapa à crise demográfica, vai estando imune à invasão massiva de migrantes que aflige outros países europeus. Mas não evita a agressividade da massificação cultural deste mundo globalizado, razão que deve motivar os monárquicos portugueses a concentrar esforços na defesa da nossa língua, património cultural e histórico. Porque só uma casa com identidade e carisma próprios está capacitada para bem receber novos hóspedes e visitantes. E se é verdade que temos de nos preparar com inteligência para essa luta pela afirmação identitária, em bom rigor temos razões para nos orgulharmos do Senhor Dom Duarte e da Família Real, que se vêm afirmando resolutos defensores dos mais perenes valores da portugalidade. Aqui, no extremo ocidental da Europa, e nos quatro cantos do Mundo.  

 

O meu editorial para o Correio Real nº 17 em distribuição em Junho. 

António de Sampayo e Mello (1952-2018)

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O desaparecimento ontem do Dr. António de Sampayo e Mello (1952-2018) constitui uma perda inestimável para o nosso País e, sobretudo, para o movimento monárquico, de cuja génese foi, sem dúvida, um dos mais categorizados responsáveis. Serviu Portugal sempre e o seu Príncipe enquanto isso lhe foi pedido e entregou-se a ambas as missões com método, rigor e uma imensa paixão. Perseverante e frontal como poucos e patriota como nenhum outro português, era senhor de um pensamento profundo, informado e cristalino e de muitas outras qualidades que sempre pôs ao serviço do seu País. Apesar de acompanhar a actualidade com um cativante interesse, nunca se deixou dominar pelo sentido da urgência nem alguma vez permitiu que esta, a urgência, o impedisse de reflectir sobre o que era verdadeiramente importante para Portugal e para o mundo português. Morreu ontem um português inteiro, um monárquico fidelíssimo a Portugal e ao seu Príncipe, um português que sabia o que era honra e quanto esta deve preceder o proveito. Todos somos devedores do seu impressivo testemunho.

 

Nuno Pombo

Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Real Associação de Lisboa

A Real Associação de Lisboa é uma estrutura regional integrante da Causa Real, o movimento monárquico de âmbito nacional. Esta é uma associação que visa a divulgação, promoção e defesa da monarquia e da Instituição Real corporizada na Coroa Portuguesa, cujos direitos dinásticos estão na pessoa do Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança e em quem legitimamente lhe vier a suceder. Cabe a esta associação a prossecução de iniciativas e de projectos de interesse cultural, social, assistencial e de solidariedade que visem a dignificação, a valorização e o desenvolvimento dos seus associados e da comunidade em que se insere.

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