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BLOGUE REAL ASSOCIAÇÃO DE LISBOA

Ainda se pode evitar a ditadura que chega

Aqui tenho dito e repetido vezes sem conta: Portugal tem uma solução alternativa clara ao regime que nos trouxe à humilhação, à fome e à insignificância; Portugal tem os meios de que necessita para regressar de cabeça erguida ao concerto das nações; não precisamos de teorizar nem de think tanks do rotundo intelectualismo; nada há a pensar fora das coordenadas daquelas que foram, desde sempre, as constantes e linhas de acção e sentimento da nação portuguesa. Para quem, minimamente habilitado e experiente na análise histórica, se atrever perder o medo, a resposta é muito simples, tão simples que surge como uma evidência: monarquia. 
Persistem uns quantos retardatários em pedir calma e paciência, contando com uma menos que provável recuperação do sonho Europeu, sonho que não passa disso: ilusão. A Europa tábua-de-salvação, a Europa maná e cornucópia, essa morreu há dois ou três anos. De agora em diante, vingança das nações, será cada um por si. A fórmula europeia já não se discute, pois a Europa contra as nações, descerebrada, envergonhada de si, a que perdeu o orgulho e se refugiou na reforma dourada da velhice cobarde - pronta a tudo ceder e mutilar-se a vergonhosos extremos de humilhação - essa acabará dentro de dois ou três anos. Ou não viram, meus caros amigos, como cheios de cautelas, nos estão já a preparar para o triunfo de Marine Le Pen em França, para o triunfo das direitas nacionalistas nas próximas eleições para o Parlamento Europeu, para a mais que certa saída do Reino Unido da União, a tal que de união só leva o nome ?
Ainda há tempo. Ao ler a clarividente entrevista de SAR o Senhor Duarte a um jornal de Macau, no decurso de uma viagem que está a realizar pelo Extremo-Oriente - fazendo o que os nossos pobres diplomatas não sabem, não querem nem podem fazer - só me posso perguntar:
- Por que raio mantêm os donos do país o espesso manto da censura, a sistemática desinformação, o escamoteamento da evidência em torno da questão de uma mudança de regime que tornasse possível garantir a liberdade, sabendo que ao fatídico e já irreversível colapso desta III República sucederá uma ditadura?
Miguel Castelo Branco in Combustões

Ambiguidades do Regime

 

 

 

Neste regime em que somos democraticamente forçados a viver, há curiosas ambiguidades que seriam apenas divertidas, se não fossem tão trágicas para a vida social e política.
 

O chefe de Estado que alguns elegeram comemora, não a data fundacional da nacionalidade, mas a instituição violenta do próprio regime, em locais fechados, com lotação cada vez menor (no ano passado, no Pátio da Galé, este ano, em sala da Câmara Municipal, para o ano, talvez, num quarto esconço ou numa casa de banho...), embora desta feita com um maior cuidado no içar a bandeira da república pelo lado correcto. Enquanto isto, os ex-presidentes, com uma honrosa excepção, desataram a fazer públicas e desavergonhadas declarações políticas, como se ainda tivessem o direito de opinar, após terem exercido o cargo durante dez anos cada um!
 

E pasme-se com as declarações do penúltimo abencerragem, que entende que estes governantes, que foram, como outros antes deles, eleitos por maioria dos votos dos Portugueses, devem ser julgados por outra Justiça, que não esta, após abandonarem os cargos que exercem!
 

Porque suponho que se não estivesse a referir à justiça Divina, a que ninguém escapa, que justiça quereria ele que fosse aplicada a este governo, que nos tem esmifrado para pagar os muitos desmandos que se têm vindo a praticar, há longos anos, nesta nossa Pátria?


Não discordo do princípio, e até acharia recomendável e higiénico que viesse sendo aplicado de há quarenta anos para cá. Pelo menos, teríamos sido poupados às suas muitas diatribes...


E que dizer dos governantes anteriores, que longe de serem os únicos responsáveis, estão hoje impunes e ufanos nas suas vidinhas privadas, até com direito a comentarem na TV o que fazem os seus sucessores, para cumprir memorandos que eles próprios assinaram?


E porque aceitaram e usufruem de um conjunto de regalias que o povo pagante não tem, como motoristas privados, polícia à porta dos escritórios, instalações e secretárias? Certamente que não lhes pagamos tudo isto, para os ouvirmos perorar.


Ao menos os Reis, que aprenderam muito com o exemplo dos seus antecessores, não criticam os sucessores, pois costumam morrer ao serviço dos Povos, sem prebendas nem mordomias…

 

* Nota: o texto publicado é da exclusiva responsabilidade do autor.

 


Dom Vasco Teles da Gama in Diário Digital (15-Out-2013)

Uma estratégia que preserve a esperança

No dia de mais um aniversário da “república”, convém relembrar que a chefia de Estado real, como provam as velhas monarquias constitucionais europeias, em situações de crise politica ou económica opera com extraordinária eficácia como factor de equilíbrio e elemento aglutinador. 

Dito isto, estou convicto que o aproveitamento do descontentamento popular e das fragilidades de um País sob resgate financeiro e sob forte ameaça de desagregação social com vista à afirmação do ideário monárquico parece-me um grave erro. Foi esse o modelo de intervenção dos republicanos nos anos que antecederam o 5 de Outubro: de uma forma impiedosa, numa política de terra queimada, de “quanto pior melhor”, todas as ignomínias foram utilizadas para denegrir a Chefia de Estado e o regime constitucional monárquico: a intriga permanente, a violência verbal e a calúnia, o assassinato político, o golpismo e o facciosismo deram frutos em 1908. Depois, o sucesso da “república” apenas foi possível à custa dum País profundamente fracturado e deprimido, e com a imposição duma continuada repressão e violência sobre os portugueses. Os reflexos desse trágico período condicionaram a nossa História até aos dias de Hoje.
Acontece que a agenda dos monárquicos militantes é de facto mais difícil de afirmar nestes tempos de desagregação, empobrecimento, mágoa e revolta que vivemos; quando a demagogia apela à irracionalidade e a uma intolerante agenda igualitária que invoca os instintos mais primários. Tanto mais que o regime monárquico para ser eficaz, exige uma Nação com auto-estima e um Estado com instituições credíveis, factores intrinsecamente orgânicos, porque emergentes do Povo de que procedem. 
A militância Realista é, por tudo o que referi, um trabalho de longo prazo. Uma exigente maratona de persistência, paciência e inteligência. Porque só após edificada a monarquia, reflectida na solidez das instituições democráticas da Nação, faz sentido chamar o Rei.

 

Publicado Sábado no jornal i 

A Real Associação de Lisboa é uma estrutura regional integrante da Causa Real, o movimento monárquico de âmbito nacional. Esta é uma associação que visa a divulgação, promoção e defesa da monarquia e da Instituição Real corporizada na Coroa Portuguesa, cujos direitos dinásticos estão na pessoa do Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança e em quem legitimamente lhe vier a suceder. Cabe a esta associação a prossecução de iniciativas e de projectos de interesse cultural, social, assistencial e de solidariedade que visem a dignificação, a valorização e o desenvolvimento dos seus associados e da comunidade em que se insere.

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