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BLOGUE REAL ASSOCIAÇÃO DE LISBOA

Regresso ao Futuro

Este cinco de Outubro de 2009 vai ficar no filme da História da República! Para além da insípida cerimónia nos Paços do Concelho de Lisboa, onde o milionário proprietário José Relvas proclamou o novo regime a umas dezenas de lisboetas, para além das flores da memória na base da estátua do tribuno carbonário António José de Almeida, que foi presidente, para além, este ano, do discurso nos jardins do palácio presidencial para que não ficassem dúvidas de que o presidente não apoiava nem Santana nem Costa, o que toda a gente já sabia, centenas de monárquicos, na sua maioria esmagadora abaixo dos trinta anos, vieram para a rua aos gritos compassados de vi- va-o rei e por –tu –gal, empunhando bandeiras azuis e brancas e T Shirts onde se lia “Eu quero um Rei. E tu?”

A repercussão, em todos os jornais e televisões, foi enorme. Na blogosfera enormíssima. Nunca, nesta III República, os monárquicos tinham tido uma tão grande visibilidade e tinham feito falar tão claramente na questão do regime. Para ser justo, devo dizer que esta acção da Causa Real foi antecedida, em pleno verão preguiçoso e ensolarado, pela colocação da bandeira da Monarquia derrubada pelo golpe revolucionário e anti - democrático de 1910, na varanda dos mesmíssimos Paços do Concelho de Lisboa, pelo atrevimento de um grupo independente, que se intitulou Dart Vader’s, a que se seguiram acções semelhantes que os secundaram, um  pouco por todo o País.

Quem se deu ao trabalho de ler o que se escreveu nos blogs, a propósito destes episódios e da ousadia de contestar o regime prestes a fazer cem anos (afinal, para alguns republicanos ilustres como o Dr. Mário Soares, parece que não deveriam ser bem cem anos, porque há que lhes subtrair os da ditadura militar e os dos Estado Novo, que rejeitam como república, o que daria pouco mais de meio século, não fosse o Estado republicano os contrariar celebrando oficialmente o centenário), ficou ciente dos argumentos utilizados pelos republicanos irritados, para contestar a Monarquia: os privilégios, a igualdade, a democracia e o “regresso ao passado”. Argumentos estafados em que ninguém de bom senso e letrado acredita, olhando o que se passa nas Monarquias europeias, tão ou mais democráticas do que a nossa república e muito mais desenvolvidas económica, social e culturalmente. E ficou ciente de que, para além de uma cassete estafada de cem anos, grande parte recorreu à ordinarice e ao insulto como armas em defesa da República, à boa maneira republicana aliás, como a leitura da imprensa do primeiro decénio do século XX e dos dezasseis anos seguintes, demonstram largamente.

Entre a colocação da bandeira na Câmara Municipal de Lisboa e o 5 de Outubro, decorreu entretanto a guerra, primeiro de meias palavras e depois de um discurso palavroso e incompreensível do actual “inquilino de Belém”, sobre eventual espionagem por parte do governo à presidência, que só veio dar razão a quem, há cem anos, contesta a independência e supra -partidarismo do presidente da República por força constitucional, quando esses altos magistrados do regime, têm origem nos partidos, são apoiados política e financeiramente pelos partidos nas suas candidaturas e actuam, uma vez eleitos, com o argumento da mesma origem de legitimidade eleitoral que o Parlamento, contra os governos que são de ideologia diferente, para tentar contrariar as suas opções políticas legitimadas pelo voto parlamentar. Este episódio é, aliás, e além do mais, o mais caricato argumento do mais caricato filme de espiões, em que nem os espiões são desvendados nem os espionados vencem a “potência” adversária e todos perdem, acabando a fita numa enorme gargalhada.

Quem não quer ver que esta República e os argumentos a seu favor ficaram uma vez mais feridos de morte, talvez se espante se um dia forem os seus presumíveis cidadãos a dizer basta. E, continuando no paralelismo cinematográfico, a dizer que querem “regressar ao futuro”. O filme já está em rodagem.

 

 João Mattos e Silva

 

 in Diário Digital

 

O fado de Santana II

Pedro Santana Lopes pagou caro o erro de se ter aliado com Nuno da Câmara Pereira em coligação que desta forma afrontou e desmobilizou muitos monárquicos da capital. Se tivermos em conta que foram perdidas várias juntas de freguesia que o PSD detinha sozinho, e que a abstenção na cidade de Lisboa subiu de 39,08% em 2005 para 47,89% em neste sufrágio, parece-me ilegítimo afirmar que a sua derrota se tenha unicamente devido à transferência de votos da CDU para o PS.

 

João Távora 

 

O preço da ética republicana

Finalmente um orgão de comunicação de referência pega no caso dos gastos da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República que já tinha sido denunciado aqui. Acontece que eu espanto-me que não cause enorme escândalo o facto do design do deste simples site ter sido adjudicado por 99,5 mil euros. Eu pasmo com a naturalidade com que se aceita que se gastarem às expensas dos impostos dos cidadãos 90,0 mil euros em "estacionário" (envelopes, canetas, papel de carta etc.). De resto, com a sua empresa a facturar 180,0 mil euros nestes dois ajustes directos, Henrique Cayatte só pode estar feliz: uma comenda da republica no dia 10 de Junho será a cereja no topo do bolo. 

IR PARA DIANTE *

Hoje, hoje é o tempo.

 

Hoje é o ano.

 

Hoje é a noite do dia.

 

Hoje é a noite do dia em que resgatámos da terra e agora atiramos ao vento as palavras d' El Rei D. Carlos sopradas ao mar: "Ir para diante"!

 

Sim, Senhor, cumpriremos o nosso dever cumprindo o vosso comando: - e iremos para diante!

 

Olhai Majestade o Vosso e nosso estandarte que de novo flutua no ar, assinalando com as suas cores sem mancha de sangue o advento do tempo novo!

 

Olhai Majestade, e convosco todos os Reis vossos antepassados e nossos antigos soberanos, e convosco todos os vossos descendentes e nossos futuros Reis, olhai todos Senhores, o Vosso povo aqui presente!

 

Olhai Senhores o Vosso povo de novo desperto, proclamando o tempo que vem.

 

Olhai de perto Senhores para os Vossos jovens - para estes jovens que desafiam o passado porque se sabem senhores do futuro.

 

Hoje começa o futuro.

 

Hoje, hoje é o tempo.

 

O tempo em que, outra vez, começamos a restaurar o ideal real feito real ideal.

 

Hoje é o ano.

 

Hoje é a noite do dia - do dia que se apresentou em madrugada de nevoeiro e agora se revela como noite iluminada de vésperas. 

 

Hoje, hoje é a hora da hora!

 

É a hora!

 

Vamos para diante!

 

É a hora!

 

A Vossa hora - a nossa hora!

 

A hora de um princípio sem fim.

 

É a hora!

 

Vamos para diante!

 

E que viva o Rei!

 

E que viva Portugal!

 

* Alocução aos monárquicos do presidente da Causa Real, Dr. Paulo Teixeira Pinto, proferido da varanda da Sede no Largo de Camões, por ocasião do hastear da bandeira portuguesa da monarquia ontem 5 de Outubro de madrugada. 

A nódoa do 5 de Outubro

 

Começa hoje o centésimo ano da nossa república, a terceira mais longa da Europa. É ocasião para celebração justa, sincera e sadia, qualquer que seja a situação ou convicções pessoais. Exige-o o amor a Portugal que partilhamos.

Isso não significa que se branqueiem os acontecimentos de há cem anos ou se canonizem os seus autores. Festejando os sucessos do século, temos de admitir os terríveis crimes que lhe deram início. Vivendo grave crise, mais importante é julgar com serenidade os erros que então criaram uma catástrofe muito pior que a actual.

Um livro oportuno ajuda-nos a compreender um dos aspectos mais marcantes e decisivos dessa derrocada. O Estado e a Igreja em Portugal no Início do Século XX. A Lei da Separação de 1911, do cónego João Seabra (Principia, 2009), é muito mais do que pretende ser. Apresentando-se como estudo jurídico do Decreto de 20 de Abril de 1911 [DG92, 21/4/1911], a "Lei da Separação do Estado das Egrejas", traça um grande e rigoroso fresco histórico da questão religiosa republicana.

Cheio de episódios curiosos, pormenores reveladores, informações pertinentes, inclui até pequenas biografias dos principais protagonistas da questão. O primeiro capítulo, "A situação jurídica da Igreja em Portugal durante a Monarquia liberal" (21), acrescenta um recuo enquadrador, descrevendo os "oito decénios de servidão" (51) que os católicos sofreram antes da perseguição aberta e desbragada dos republicanos triunfantes. "Era esse ambiente de anticlericalismo exacerbado, ordinário e violento que o parlamentarismo monárquico deixara instalar em Portugal, que, juntamente com a disciplina jurídica do regalismo cartista, constituía a situação da Igreja em Portugal no dia 5 de Outubro de 1910" (53).

O mais espantoso na dramática história das 250 páginas seguintes é a incrível ingenuidade atrevida, incomparável boçalidade pateta dos líderes republicanos. Estavam mesmo convencidos que bastava expulsar o rei para se resolverem os terríveis problemas que o País padecia há décadas. Acreditavam que a simples presença dos seus espíritos iluminados no poder chegava para orientar o povo. Só isso justifica que se afastassem das urgentes imposições da governação, pesadas responsabilidades ministeriais e gritantes necessidades populares para se dedicarem a criar problemas gratuitos e vácuos, zurzindo a Igreja por puro capricho ideológico.

A fúria começou antes mesmo de dispersar o fumo dos fuzis na Rotunda. "Para a maçonaria, para o Partido Republicano e em especial para Afonso Costa, o anticlericalismo será a prioridade política da República" (56). Assassinar dois padres e prender muitos (188), expulsar centenas de religiosos (57), proibir vestes talares (59), romper com a Santa Sé (60), entre outras, foram obra de poucos dias. Curiosamente a legislação da família, com leis do divórcio (71) e casamento civil (72), foi também alvo de uma sanha que lembra discípulos contemporâneos. Cem anos passados permanece a coincidência da inimizade à fé e ao matrimónio.

Quando Afonso Costa pretende formalizar o clima de intolerância e facciosismo, com uma capa diáfana de legitimidade e justiça, a farsa fica grotesca. Comparando com a violenta lei francesa de 1905, o regime "é o mesmo, com duas pequenas diferenças: o francês tem uma lógica jurídica que se entende, o português é uma arbitrariedade sem outro fundamento senão o facto de o Estado dispor da força e não se deixar limitar pelo direito (…) todo o sistema tem por fim pôr o governo da Igreja nas mãos dos não católicos" (114).

A aplicação da lei não foi melhor que a concepção. Até o ministro republicano Moura Pinto, maçon assumido, notou seis anos depois, no preâmbulo do Decreto 3687 (22/12/1917): "Os processos [aos padres] foram organizados sem respeito aos mais elementares princípios que em todos as legislações regulam e asseguram a defesa dos acusados" (215).

A infâmia e atropelos são tais que envergonham qualquer um. Esta é a Primeira República que alguns hoje querem sacralizar e, até parece, imitar.

 

por João César das Neves in Diário de Notícias, 5 de Outubro de 1910

CENTENÁRIO DA REPÚBLICA : SE ISTO NÃO É UM ESCÂNDALO…

 

Poderão sempre acusar-nos de parcialidade. É evidente que somos parte neste conflito de interesses: nós queremos restaurar a Monarquia, “eles” querem exaltar a República, “eles” querem dar ao País a ideia da unanimidade de que o regime foi uma conquista para a liberdade e o progresso, nós queremos que fique claro que a liberdade depois de 1910 é um mito –veja-se a perseguição à Igreja Católica, o encerramento e “empastelamento dos jornais, os presos políticos, a “formiga branca”, a Pide/DGS, etc., etc. – e que o progresso foi uma ilusão propagandista que, mesmo agora, em plena III República, nos coloca nos piores lugares da Europa e sempre abaixo das Monarquias Constitucionais. Houve coisas boas em república? É evidente que houve. Mas o regime é  nefasto para Portugal, quer política, quer económica, quer socialmente.

“Eles” vão comemorar cem anos da República. Como se esses cem anos o merecessem. E vão gastar dez milhões de euros em iniciativas, a maioria das quais, de propaganda para o povo se regozijar pelos benefícios que o regime lhes proporcionou. Em obras e benefícios para a população a braços com uma das piores crises sociais de que há memória nos tempos modernos? Não. Com gastos escandalosos que nos indignam, mas que a comunicação social, sempre pronta e vasculhar escândalos, nem procura nem revela. E ainda a procissão vai no adro.

Só para dar pequenos exemplos da máquina de propaganda. A Comissão nomeada pelo Presidente da República, adjudicou por “ajuste directo” –ou seja, sem concurso público -  a “ prestação de serviços de design com vista à criação e desenvolvimento do Portal Centenário da República” por 99.500 euros ( quase 20 mil contos em escudos antigos) e “ prestação de serviços de designs global do estacionário da Comissão Nacional e dos materiais de suporte à comunicação dos diferentes eixos programáticos”, mais 90.000 euros. E também “prestação de serviços de criação do projecto de arquitectura efémera de quatro espaços expositivos”, 67.000 euros E por fim (?) “ prestação de serviços no domínio das tecnologias de informação e comunicação”, 60.000 euros. Só nestes três exemplos propagandísticos cerca de 64 mil contos em moeda antiga. Se isto não é um escândalo, o que é um escândalo?

 

 

 

A História tem só 99 anos

A expressão “ à beira da guerra civil” será exagerada para descrever o ambiente político em que se vive nos últimos tempos entre o chefe de Estado (homem eleito por 2.746.689 portugueses) e o Governo ( de um partido eleito por 2.588.312 de outros portugueses). Mas se não é a guerra civil, o clima é pelo menos de cortar a faca: desde Costa Gomes que não se via tal desvario. Como é que chegamos aqui? Por duas vias: pela primeira vez vive em Belém quem não é da velha guarda socialista, laica e republicana; e também é inédito a presidência estar entregue a um homem que em anos anteriores provara que o País era governável

Mas um terceiro ponto é mais importante: o sistema semi-presidencialista que temos exige respeito pelas diferenças, e respeito não é coisa que possa ser incutida a martelada. Um sistema presidencialista  funcionaria melhor, uma vez que o mais alto magistrado escolhe e preside ao governo sem outros “empecilhos” que não o Parlamento.

Também funcionaria um sistema parlamentarista, uma vez que o chefe de Estado se limita a cortar fitas, não se mete em politica. Mas o melhor sistema  são as monarquias parlamentaristas, que têm a vantagem  de que o chefe de Estado, por não precisar de partidos e políticos para chegar ao palácio, representa toda a nação e está por isso a salvo de casos políticos. De Espanha ao Japão, da Suécia ao Canadá, seriam impensáveis cenas como as que hoje vivemos em Portugal.

 

Sérgio H. Coimbra no jornal Metro de dia 30-9-2009

Sem Rei nem Roque

Foi um espectáculo confrangedor ontem à noite assistir às declarações do Chefe de Estado: afinal as suas tão aguardadas palavras pouco mais revelaram do que um homem acossado pela intriga que grassa entre os órgãos de soberania e de estados d’alma pouco dignos do mais alto magistrado da nação. Depois, já enterrado no sofá, foi assistir atónito à intervenção do ministro Pedro Silva Pereira, em autêntica pose de estadista, ripostar com invulgar dureza e numa arrogância quase elegante a pública birra de Cavaco Silva.

O que vem à tona com isto tudo é a materialização dum negro pesadelo: uma nação pobre e decadente a hipotecar o seu presente com  uma baixa e irresponsável guerrilha política protagonizada pelos principais órgãos de soberania nacionais: uma crise sistémica sem solução à vista.  Sem dúvida o panorama ideal para o regime celebrar o seu centenário. 

 

João Távora

in Corta - Fitas

A Real Associação de Lisboa é uma estrutura regional integrante da Causa Real, o movimento monárquico de âmbito nacional. Esta é uma associação que visa a divulgação, promoção e defesa da monarquia e da Instituição Real corporizada na Coroa Portuguesa, cujos direitos dinásticos estão na pessoa do Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança e em quem legitimamente lhe vier a suceder. Cabe a esta associação a prossecução de iniciativas e de projectos de interesse cultural, social, assistencial e de solidariedade que visem a dignificação, a valorização e o desenvolvimento dos seus associados e da comunidade em que se insere.

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